Você outra vez

Você é a canção que ressoa aos meus ouvidos,

que acaricia meu corpo, revitalizando tudo em mim.

É amor doado, que me envolve nesses dias, sem abismos.

É desejo plácido, nítido florescer dessa volúpia intensa.

Você é nudez ardente, entreabrindo fendas, nessa tarde quente,

descortinando novas sensações de desejos, é candura, sempre.

É sobressalto, imprecisões, é complacência desmedida,

quando desta oferta, é tremular deste corpo inquieto.

Você é suavidade nos ardores desses encontros reconfortantes!

É languidez nesses amanheceres, nesses cheiros desses lençóis.

Você é lamento na partida, é amante entre beijos intensos.

É virtude, é mistério, sempre em desatino, entre meus braços.

É primavera, é outono, é tormenta, minha contradição,

quando você corpo flama e chama, quando teu corpo clama,

é você, simplesmente! Exalando desejos, transpirando entre beijos,

nesse vício de erotismo, línguas e êxtase, me entrego, sem segredos.

Você é mulher desnudada, é perfume, é ditosa nesses sexos loucos,

nessas tardes fagueiras, entre tesão, paixão, nesse mundo de sonhos.

É amor possível, impossível, nessa confusão de sentidos, é você.

Você é meu anoitecer, meu amanhecer, sempre meu aconchego.

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