Negação

Impossível negar-me essa vida, apesar das feridas transbordantes.

Revelar-me nas descobertas desse abandono, entre medos,

sem exageros, percebendo novos amores, entre tantos amores,

nutrindo essas prosas, singelamente construídas, entre sonhos.

Entre laços, abraços, como negar essa vida sempre nutrida de esperança,

como um trem levando minha vida nessas aventuras, nessas viagens,

iluminando essas lembranças destoantes dessa vida vivida dia-a-dia.

Como negar meus sentimentos, meus amores, essas carências?

Impossível negar esses castelos de desejos, de olhar tristonhos, nessa vida!

Paixões ruminando sempre nessas separações, nesses desencontros!

Nessas esquinas da vida, como negar essa mesquinhes que me ofertaste?

Na separação das nossas bocas, da tua mirada, como negar tantos ais?

Esse abismo me penetra na falta destes beijos apaixonantes!

Prefiro não negar todas essas indiferenças que se alicerçou por aqui.

Atento aos dias que se acercam, entre loucuras, sem sonhos para sonhar,

essa saudade é um inferno que abrasa meu corpo, sem o calor do teu.

Negar os exasperos desses passos se perdendo nessas estradas dessa vida?

Impossível negar o fascínio dos teus gestos, essa fatalidade dessa ausência…

Entre despedidas, como negar esses beijos morno e triste que me deste?

Impossível negar essa vida, apesar dessas feridas persistentes.

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