Armadilha

O velho curvado pelo tempo,

surge caminhando lentamente,

pensativo, resignado, nessa luta,

introspectivo e sobrevivente entre rugas.

Traz no andar comedido, a certeza da morte breve.

Não lamenta, nesse corpo carcomido pelo tempo.

Tem saudades esse velho, entre lembranças,

caminha desprovido de embates, sem medo…

Esse velho, nessa luta, em silencio, nessa cena,

caminha nessa paisagem, aplacando sentimentos.

Retocado pela bengala esse velho destoante,

cansado, semeando ao vento suas tristezas.

Perambula pela vida entre vagas lembranças.

Lembranças refazendo caminhos desventurados.

Esse velho caminha curvado, descuidado,

nessa alameda com seus olhos tristes, nesses tempos.

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Precioso poema, suenan preciosas las palabras en tu idioma… :heart:

gracias muchacha.
Suerte con tus poesias.

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